Thomas, juntamente com o compatriota Enzo Paleni (Groupama-FDJ), o dinamarquês Michael Valgren (EF Education-EasyPost) e o italiano Andrea Pietrobon (Polti Kometa), lançou o ataque a pouco mais de 75 quilómetros da meta, com o ciclista da Cofidis a triunfar em 3:59.59 horas, após os 178 quilómetros entre Génova e Luca, depois de o pelotão ter perdido uma oportunidade de uma chegada ao sprint.
“Foi uma longa perseguição das equipas. Fizemos uma fuga incrível. Ainda não acredito. Foi muito duro no final, fomos todos a fundo. É incrível”, disse Thomas, que somou a sua primeira vitória em provas do World Tour.
Valgren foi segundo e Pietrobon, que foi o primeiro a atacar nos metros finais, foi terceiro, com o mesmo tempo, com Paleni a ser quarto, a três segundos, enquanto o italiano Jonathan Milan (Lidl-Trek) foi o primeiro do pelotão, a seis segundos.
Benjamin Thomas disse que começou a acreditar no triunfo a 10 quilómetros do final, assumindo que arriscou tudo para tentar apanhar o ataque de Pietrobon.
Numa etapa corrida, na parte inaugural, a uma velocidade relativamente baixa, o alemão Simon Geschke (Cofidis), os italianos Manuele Tarozzi (VF Group-Bardiani CSF-Faizanè) e Mattia Bais (Polti Kometa) e o britânico Lewis Askey (Groupama-FDJ) foram os primeiros a tentarem lançar uma fuga, mas foram apanhados a mais de 110 quilómetros do final.
A maior dureza inicial ainda causou alguns problemas aos sprinters, como o neerlandês Fábio Jakobsen (dsm-firmenich PostNL), que acabaram por ficar para trás, mas a baixa velocidade a que se corria permitiu que reentrassem.
A corrida acelerou um pouco na preparação para o sprint intermédio, com os homens mais rápidos a posicionarem-se para a luta pela classificação por pontos, com o francês Christophe Laporte (Visma-Lease a bike), campeão europeu, a cair no lançamento desse sprint.
Alguma desorganização no pelotão, após o sprint intermédio, permitiu o ataque de Benjamin Thomas, Enzo Paleni, o dinamarquês Michael Valgren e o italiano Andrea Pietrobon, que acabou por vingar.
Dentro dos últimos 40 quilómetros, as equipas dos sprinters pareciam ter a fuga sob controlo, a cerca de um minuto, mas acabaram por começar tardiamente o trabalho final de aproximação à meta, e perderam uma das poucas oportunidades para uma chegada com um pelotão compacto.
Com os principais candidatos a chegarem integrados no pelotão, o esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates) manteve a camisola rosa, com 46 segundos de avanço sobre o britânico Geraint Thomas (INEOS) e 47 sobre o colombiano Daniel Martínez (BORA-hansgrohe).
O português Rui Oliveira (UAE Emirates) chegou na 136.ª posição, a 2.10 minutos de Thomas, ocupando o 155.º lugar da geral, a 44.09 minutos.
A sexta etapa, na quinta-feira, promete não ser tão tranquila como a desta quarta-feira, num percurso de constante alto e baixo, ao longo dos 180 quilómetros entre Viareggio e as termas de Rapolano, com alguns setores de terra, semelhantes aos da clássica Strade Bianche.