O campeão Sporting de A a Z

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O campeão Sporting de A a Z

Sporting conquistou o 20.º título de campeão nacional
Sporting conquistou o 20.º título de campeão nacionalSporting CP
O Sporting conquistou o seu 20.º título de campeão nacional. Uma temporada praticamente perfeita, a nível interno, com a força do coletivo mas também várias individualidades em destaque. O Flashscore dá uma volta completa ao abecedário, versão leão.
A classificação do Sporting
A classificação do SportingFlashscore

A

Alvalade - O Estádio José Alvalade foi uma fortaleza para o Sporting. Sem qualquer derrota no seu reduto (sendo que ainda vai receber o Chaves na última jornada), foi muito por aí que começou a ser construída a trajetória rumo ao título, cada vez mais galvanizada pelo apoio dos adeptos. São 16 jogos em casa, 16 vitórias, com 54 golos marcados e 11 sofridos. Rúben Amorim lembrou, e bem, a teoria de muitos, sobre o facto dos leões só terem sido campeões na altura do Covid por não terem tido a pressão dos adeptos. Pois bem, Alvalade respondeu com uma média de assistências brutal, com um apoio desde o primeiro dia, muitas vezes repetido e sublinhado pelo treinador, culminando, claro, na romaria até à casa do leão em dia de festa, antes de partirem, lado a lado com o autocarro dos jogadores, rumo ao Marquês.

Blindagem - Rúben Amorim sempre deu o corpo às balas, sobretudo após o 4.º lugar da época passada. Blindou o grupo ao exterior, protegeu os jogadores mesmo perante a pressão, assumida pelo próprio treinador, da candidatura ao título, e nunca deixou que os rumores ao longo de toda a temporada beliscassem o trabalho efetuado.

C

Comunicação - Rúben Amorim é, cada vez mais, um mestre da comunicação. Mas não só. Além do treinador, o Sporting aproveitou a boa fase para, também como clube, e empresa, dar o passo em frente, tanto no marketing como na comunicação direta com os adeptos. A comunicação para o exterior, das redes sociais aos próprios espaços exclusivos do clube, foi melhorada, trabalhada e colheu os seus frutos, financeira e institucionalmente. E, voltando a Rúben Amorim, a comunicação da equipa principal, personificada no assessor Filipe Dinis, encaixou que nem uma luva na personalidade do treinador.

Daniel Bragança - Depois de um ano sem jogar, com várias dúvidas a pairar sobre a sua real recuperação, Daniel Bragança foi uma das grandes afirmações no plantel principal do Sporting. Produto da formação, com empréstimos pelo meio, o médio chegou aos 100 jogos como sénior de leão ao peito e envergou mesmo a braçadeira de capitão. Num meio-campo que desde cedo pareceu entregue, em exclusivo, à dupla Hjulmand e Morita, a magia, experiência e boa forma de Bragança baralhou as contas. Mérito do próprio.

Eduardo Quaresma - Outro dos jogadores que chegou à pré-época envolto em dúvidas, depois dos empréstimos a Tondela e Hoffenheim. Acabou por convencer Rúben Amorim no Algarve, permaneceu no plantel mas a afirmação, essa, chegou apenas em 2024, beneficiando da ausência de Diomande, na CAN, e da lesão de St. Juste, para ganhar espaço. O clássico com o FC Porto foi o catalizador do central de 22 anos, que se prepara para renovar contrato, com consequente melhoria salarial.

Famalicão - O jogo adiado, em fevereiro, devido à grave das forças de segurança, podia ter virado do avesso a temporada e as expectativas do Sporting. Treinador e presidente, porém, tornaram o adiamento num trunfo. Deixaram claro que esse jogo deixava "de contar" para a calculadora do título, deixaram claro que o objetivo era chegar a abril no topo da classificação e, objetivo alcançado, o leão chegou a Vila Nova de Famalicão como líder, elevou de quatro para sete os pontos de distância para o segundo classificado e sprintou para a reta final, rumo ao título de campeão.

Geny Catamo - Extremo contratado ao Amora, emprestado sucessivamente a Vitória SC e Marítimo, onde nunca foi titular indiscutível, Geny Catamo ganhou um lugar na pré-época, aproveitou a vaga em aberto na lateral direita, "formou-se" como ala, foi alterando a titularidade com Ricardo Esgaio e tornou-se mesmo dono do lugar. O bis no dérbi com o Sporting, em Alvalade, com o 2-1 marcado aos 90+1', diante do Benfica, de pé direito, tornaram-no indiscutivelmente numa das figuras, ou mesmo uma das surpresas, deste título de campeão do Sporting.

Hugo Viana - O sucesso de Rúben Amorim está umbilicalmente ligado ao sucesso de Hugo Viana. E vice-versa. Homem dos bastidores, cada vez mais resguardado dos holofotes - a experiência também traz destas coisas -, o diretor desportivo do Sporting resolveu responder com... resultados. É certo que nem todos os reforços foram acertados mas, numa temporada de forte aposta no título, ser capaz de contratar (e acertar) em Hjulmand e Gyokeres, contratados aos modestos Lecce e Coventry, já depois de Diomande (Mafra), em janeiro do ano passado, diz tudo sobre o trabalho do dirigente. E se Rúben Amorim tem (muito mercado), Hugo Viana não se fica atrás.

I

Israel - A lesão grave de Antonio Adán, em fevereiro, fez soar os alarmes em Alvalade e, sobretudo, nas hostes sportinguistas. O suplente, Franco Israel, opção apenas nas taças, foi lançado "às feras" e logo no dérbi com o Benfica, na segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal. Daí para cá, o melhor elogio que se pode fazer ao internacional uruguaio de 24 anos é que poucos se lembrarão da ausência do experiente dono da baliza do Sporting, Adán, de 36 anos. E agora, operado ao menisco do joelho direito, Franco Israel não quis perder a festa, onde surgiu de muletas.

J

Juventude - O primeiro título de campeão de Rúben Amorim no Sporting ficou marcado pelo sucesso da juventude, da formação dos leões, que o treinador não teve medo em apostar, com nomes como Gonçalo Inácio (19 anos), Eduardo Quaresma (19), Nuno Mendes (19), Dário Essugo (16), Matheus Nunes (22) e Tiago Tomás (19). De lá para cá o leão cresceu, amadureceu mas a aposta na juventude permaneceu. Esta temporada, nomes como Iván Fresneda (19), Gonçalo Inácio (22), Eduardo Quaresma (22), Rafael Pontelo (21), Diomande (20) e Koba (22) sagram-se campeões nacionais de pleno direito, sendo que a eles ainda se podem juntar Diogo Pinto (19) e/ou Francisco Silva (18), únicos guarda-redes disponíveis neste momento. E outros como Geovany Quenda (16 anos), Rafael Nel (19), João Muniz (18), Dário Essugo (19) e Mateus Fernandes (19) estão na forja.

Líderes - Rúben Amorim assumiu a candidatura ao título ainda antes do início da temporada e, com seis vitórias e um empate, foi à 7.ª jornada que o Sporting isolou-se na liderança do campeonato. A partir daí, os leões começaram a fugir à concorrência e nem mesmo o jogo adiado com o Famalicão impediu a equipa verde e branca de dominar a Liga, de início ao fim.

Morten Hjulmand - Viktor Gyokeres foi o nome maior do mercado de verão do Sporting mas o médio internacional dinamarquês, contratado ao Lecce, a troco de 18 milhões de euros, aos quais o leão já juntou outros três milhões face aos objetivos concretizados, justificou cada cêntimo. São 47 jogos no total, 29 deles na Liga, com quatro golos e quatro assistências. Rúben Amorim já o comparou a João Palhinha, em termos de características, e a verdade é que, em Alvalade, nunca mais ninguém se lembrou de um nome tão recente como Manuel Ugarte.

Nuno Santos - Não há volta a dar. É um dos preferidos dos adeptos, um dos preferidos de Rúben Amorim mas, ao mesmo tempo, um dos jogadores com temperamento mais especial e difícil de lidar. Talvez seja esse o ingrediente que o torna tão especial, para o grupo e para os adeptos. Olhando para a temporada do ala português, são 47 jogos, com seis golos marcados e umas incríveis 14 assistências para golo, oito delas no campeonato. Nuno Santos é, uma vez mais, uma das figuras do título do Sporting.

Onda verde - Rúben Amorim sublinhou-o sempre que pôde e os números dão-lhe razão. Os adeptos foram, de facto, o 12.º jogador do Sporting e desde o primeiro dia, da receção o Vizela, na primeira jornada, à primeira deslocação, na 2.ª ronda, diante do Casa Pia. A onda verde acreditou, desde o primeiro minuto, na candidatura ao título assumida pelo treinador, tornaram Alvalade uma fortaleza, com mais de 633 mil adeptos ao longo dos 16 jogos em casa até agora, com uma taxa de ocupação de 78,90 por cento, e culminaram com imagens impressionantes de um verdadeiro tsunami verde e branco que inundou a capital e o Marquês de Pombal, com vagas enormes um pouco por todo o país e por todo o Mundo.

Pedro Gonçalves - Não vai ser o melhor marcador da Liga, como o foi no último título do Sporting, mas a influência do médio de 25 anos é tão grande ou maior do que em 2020/2021. Nas 30 jornadas em que participou, Pedro Gonçalves regista 11 golos e 12 assistências, numa temporada onde já leva 18 golos e 15 assistências no total. Aos 25 anos, jogando tanto no ataque como no meio-campo, Pote provou ser um jogador completo.

Os números de Pedro Gonçalves
Os números de Pedro GonçalvesFlashscore

Quenda - Com apenas 16 anos, o extremo do Sporting estreou-se a marcar, em março, pela equipa B dos leões. Geovany Quenda é visto como uma das principais promessas de Alcochete. Ainda aguarda a estreia pela equipa principal do Sporting mas já mereceu rasgados elogios de Rúben Amorim. Um nome a reter.

Rúben Amorim - É, uma vez mais, o arquiteto do título. Ao contrário do primeiro título de campeão, conquistado jogo a jogo, o treinador não teve qualquer problema em assumir a candidatura desde o primeiro dia. Não se refugiou em desculpas, voltou a pedir reforços cirúrgicos, o tempo teimou em dar-lhe razão e nem mesmo o valente tropeção no percurso, com a famosa viagem a Londres, ensombra uma temporada a roçar a perfeição do jovem treinador de 39 anos. Perante as dúvidas sobre a sua continuidade, Rúben Amorim, um dos mais eufóricos na noite de celebração, porque nunca a tinha vivido - como treinador festejou o primeiro título durante a pandemia, como jogador e adepto sempre torceu pelo Benfica - respondeu com... foco no bicampeonato. Mais uma masterclass de comunicação, como fez questão de o fazer ao longo da temporada.

Seba Coates - É o capitão, continua a ser figura nuclear do Sporting, voltou a responder com uma segurança e continuidade tais que os números levaram-no à renovação automática do contrato. Aos 33 anos, o internacional uruguaio viu chegar ao plantel nomes capazes de fazer a sua sucessão como patrão da defesa mas todos eles vão ter de esperar. O xerife do Sporting mantém intactas as principais qualidades, tanto defensivas como... ofensivas: aí estão mais quatro golos para a conta pessoal.

Trincão - Muitos torceram o nariz quando o Sporting o resgatou ao Barcelona, pagando 10 milhões de euros. Na temporada passada fez um total de 52 jogos, com 13 golos marcados, e esta época viveu quase sempre na sombra de Marcus Edwards... até fechar o ano civil de 2023. É que em 2024, Francisco Trincão foi tão somente um dos melhores jogadores do Sporting, elevando ao topo o que o distingue dos demais. Com a confiança que tantas vezes foi procurando, desequilibrou a balança em definitivo para o lado verde e branco, a tempo de ser decisivo para a conquista do título, assinando nove golos e seis assistências no campeonato.

União - Desde o dia 1 (ou 0, porque logo no estágio de pré-época, no Algarve, percebeu-se a força que existia), a união foi um dos segredos do Sporting campeão. União do grupo e união deste com os adeptos. Vários questionaram se a força do coletivo iria continuar perante a entrada de novos jogadores, estrangeiros, com outras experiências, num grupo que Rúben Amorim soube ir moldando por ser jovem e português. Mas St. Juste, Hjulmand, Morita, Gyokeres e companhia responderam à altura. E na noite de celebração, se dúvidas houvesse, percebeu-se que o plantel do Sporting continua a ser uma família, com o pai Luís Neto, o pai Coates, o pai Rúben Amorim e muitos filhos ávidos de glória. 

Viktor Gyokeres - É o nome incontornável do Sporting campeão, o nome que todos os adeptos repetem, o festejo que vai dos 8 aos 80 anos de idade. Foi tremendo, com números históricos, o impacto do avançado sueco em Alvalade e no futebol português. Só no campeonato, onde tudo indica que terminará como melhor marcador, Viktor Gyokeres leva 27 golos em 31 jogos, além de nove assistências. Soube homenagear à altura o 9 nas costas, em ano de sentida homenagem a Manuel Fernandes, e a única dúvida é se a cláusula de rescisão milionária, de 100 milhões de euros, será afinal capaz de suster os tubarões do futebol europeu. 

Os números de Gyokeres
Os números de GyokeresFlashscore

Xeque-mate - Foi a 6 de abril, no Estádio José Alvalade, que o Sporting deu o xeque-mate no título de campeão, ao vencer o dérbi diante do Benfica, por 2-1, com o bis de Geny Catamo, sendo o segundo golo do moçambicano marcado aos 90+1 minutos. O leão fugia definitivamente à águia, igualava o confronto direto e estendia a passadeira para a conquista do 20.º título de campeão nacional.

Zero - O número de derrotas do Sporting na segunda volta (sendo que faltam disputar jogos com Estoril e Chaves). O leão apenas empatou em Vila do Conde, diante do Rio Ave, antes de arrancar para uma reta final intocável rumo ao título. A última derrota aconteceu em Guimarães, diante do Vitória SC (3-2), na 13.ª jornada, a juntar ao outro desaire, na 11.ª ronda, no dérbi da Luz (2-1), com dois golos sofridos nos descontos.

A forma do Sporting
A forma do SportingFlashscore