Eddie Jones, que se demitiu depois de os Wallabies terem sofrido a sua primeira eliminação de sempre na fase de grupos do Campeonato do Mundo, em França, dispensou vários jogadores veteranos, incluindo o capitão Michael Hooper, ao mesmo tempo que promoveu novatos, que tiveram dificuldades a nível de testes.

O ex-treinador da Irlanda, Joe Schmidt, que ajudou a Nova Zelândia a chegar à final do Mundial como selecionador e assistente técnico de Ian Foster, disse que os Wallabies eram um projeto diferente dos esquadrões mais estabelecidos nas suas funções anteriores.

"Provavelmente, está um pouco fragmentado neste momento, devido ao ano passado", disse o neozelandês aos repórteres, em Perth.

"Houve uma série de mudanças durante o ano e isso significa que provavelmente não há tanta continuidade quanto a que eu estava acostumado - ou aquela coesão que vem com jogadores que jogaram vários anos juntos, especialmente numa seleção nacional. Nos últimos tempos, vim de duas seleções nacionais muito bem estabelecidas, por isso será um novo desafio para mim", assumiu.

A Austrália, que já esteve entre os dois primeiros do ranking mundial, está em nono lugar antes de enfrentar o País de Gales, 10.º, numa série de dois testes em julho.

Com a maioria dos Wallabies ocupados com os seus clubes de Super Rugby do Pacífico até junho, Schmidt terá pouco tempo para decidir qual o seu melhor plantel e pôr os jogadores à prova.

Os adeptos dos Wallabies, que esperam uma rápida recuperação da sorte da equipa, podem ficar desapontados.

"Nada é uma solução a curto prazo. Tudo leva tempo, especialmente a coesão, quando se tenta construir uma relação entre os jogadores em que eles possam agir instintivamente uns com os outros", disse Schmidt.

"Todas estas coisas levam algum tempo, mas não é um luxo que tenhamos, por isso estaremos tão prontos quanto possível quando começarmos contra o País de Gales", acrescentou o treinador.