Numa altura em que faltam apenas quatro jornadas para o fim do campeonato, o número de equipas candidatas à subida está reduzido a quatro, sendo que o Santa Clara leva grande margem para conseguir, pelo menos, a subida direta à Liga Portugal.
Com o arranque da jornada 31, o Flashscore faz as contas do topo do campeonato e do que falta jogar na Liga 2.
Santa Clara - 1.º lugar - 63 pontos
A equipa açoriana passou apenas uma jornada fora dos três primeiros lugares e apenas quatro rondas na 3.ª posição, o que significa que uma eventual queda para uma zona que não resulte na subida direta seria um verdadeiro choque em Ponta Delgada.
A equipa de Vasco Matos vacilou ligeiramente na reta final da época e somou apenas quatro pontos nas últimas três jornadas, mas aproveitou os resultados da concorrência para consolidar o primeiro posto.
Pela frente, o Santa Clara visita o FC Porto B e o Mafra, que já decidiram a época e procuram apenas ficar no melhor lugar possível.
Em São Miguel, os açorianos recebem o Belenenses, que ainda luta pela manutenção e tem vindo a subir de rendimento nas últimas jornadas, e acabam a época com a receção à União de Leiria, que já prepara a época que aí vem.
O calendário sem confrontos diretos e com apenas uma equipa ainda a lutar por objetivos faz com que os quatro pontos de vantagem para a concorrência sejam uma margem relativamente confortável para o Santa Clara regressar à Liga Portugal, uma época depois da descida.
Nacional - 2.º lugar - 59 pontos
Poucos esperavam que o Nacional chegasse às últimas quatro jornadas da temporada na luta pela subida, mas a verdade é que a equipa de Tiago Margarido apenas depende de si própria para conseguir o regresso à Liga Portugal.
Depois das dificuldades para garantir a manutenção na época passada, o emblema madeirense teve uma época consistente, recuperou do mau arranque de campeonato e soma pontos há nove jornadas consecutivas.
Para manter a melhor forma da temporada, o Nacional vai procurar garantir um objetivo que não foi proposto no início da época, mas que agora é claro.
Com um calendário semelhante ao do Santa Clara, a deslocação ao Restelo afigura-se como a missão de maior exigência para o Nacional, que recebe FC Porto B e Mafra, tendo ainda uma deslocação ao terreno do Tondela, três equipas com a sua situação já resolvida.
De destacar que as vitórias (0-1 e 2-1) frente ao AVS para o campeonato dão à equipa madeirense vantagem no confronto direto, o primeiro critério em caso de empate pontual.
AVS - 3.º lugar - 59 pontos
Tal como o Santa Clara, o AVS foi durante praticamente todo o campeonato um dos principais candidatos à subida direta, depois de passar quase toda a temporada entre os dois primeiros - esteve oito jornadas em 1.º.
Só que a equipa de Jorge Costa tem vindo a cair de forma na pior altura da temporada e chega ao final da época com um calendário exigente e a depender de desaires da concorrência para conseguir a subida à Liga Portugal.
A missão da equipa de Santo Tirso, que somou apenas uma vitórias nas últimas cinco jornadas, começa em Paços de Ferreira e sem o experiente Nenê, melhor marcador da Liga 2 e abono de família do AVS, com 23 golos, que foi expulso frente ao FC Porto B.
Além da visita à Capital do Móvel, o AVS vai até Matosinhos para defrontar um Leixões ainda com a manutenção por assegurar, mas numa fase positiva (11 jornadas sem perder). Em casa, a equipa de Jorge Costa recebe Mafra e Tondela e está obrigada a somar seis pontos frente a duas equipas que também defrontam os restantes candidatos.
Marítimo - 4.º lugar - 54 pontos
As contas da subida à Liga Portugal voltam à Madeira e terminam no Marítimo, que tem, atualmente, a menor probabilidade de conseguir a promoção, seja através dos dois primeiros lugares, seja através do play-off.
A equipa de Fábio Pereira teve uma fase de inconsistência e foi obrigada a escalar lugares para chegar à reta final ainda com hipóteses matemáticas de subida e tem aspirações legítimas de conseguir a promoção à Liga Portugal, até porque tem vantagem direta sobre o Nacional, mas perde para Santa Clara e AVS.
Há 11 jogos sem perder, o Marítimo tem feito do aspeto defensivo a sua principal arma - não sofre há seis jornadas e tem apenas três golos sofridos nas últimas 11 rondas.
Pela frente, a equipa que regressou ao segundo escalão 38 anos depois tem receções a Feirense e Oliveirense, que ainda não garantiram a permanência, e desloca-se a casa de Penafiel e Académico de Viseu.
Para conseguir a subida de divisão, a equipa de Fábio Pereira tem de contar com pelo menos dois deslizes de Nacional e AVS, sendo que, caso a equipa de Jorge Costa só perca um jogo, empate outro e vença os restantes tem vantagem em caso de igualdade pontual com os maritimistas.