Jabeur eliminou a nona cabeça de série, Jelena Ostapenko, por 6-0 e 6-4, para chegar aos oitavos de final, juntamente com a primeira cabeça de série, Iga Swiatek, que ultrapassou a favorita da casa, Sara Sorribes Tormo, por 6-1 e 6-0.
Mas Jabeur, a campeã de Madrid em 2022, criticou mais tarde os organizadores do torneio, dizendo aos jornalistas que acredita que o ténis ainda tem um caminho a percorrer para alcançar a igualdade de género, apesar de ser o líder no desporto feminino.
"Definitivamente, o ténis é um desporto em que tenho orgulho de jogar como mulher. Mas sinto que temos um longo caminho a percorrer, especialmente aqui em Madrid e em Roma, na Europa em geral. Sinto que eles têm de respeitar mais as mulheres e têm de respeitar a forma como estamos a jogar", disse a número nove do mundo, que a seguir joga com Coco Gauff ou Madison Keys por um lugar nas meias-finais.
Partilhando exemplos da sua experiência pessoal em eventos, Jabeur disse que as jogadoras não têm o mesmo acesso aos courts de treino que os homens e referiu que os jogos WTA não são transmitidos na televisão com a mesma frequência que os jogos ATP.
"A forma como tratam as mulheres aqui e os homens é completamente diferente. Talvez as pessoas de fora não vejam isso. Eu sou, sem dúvida, uma das pessoas que quer falar mais alto sobre o assunto. Aqui em Espanha, adoraria ir para o hotel, abrir a televisão e ver um jogo de ténis feminino", acrescentou.
"Ainda não vi um único jogo de ténis de uma mulher. Obviamente, sei que há muitos espanhóis (jogadores masculinos) a jogar, mas pedir um jogo? Mesmo as jogadoras espanholas nem sequer aparecem. Para mim, é muito frustrante ver isto. Como é que se pode inspirar as jovens raparigas sem mostrar qualquer jogo?", rematou.