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"Estamos aqui (em Madrid) quase como um presente, por isso estou feliz por entrar em court mais uma vez, para tentar ser o mais competitivo possível", disse o espanhol depois de derrotar o americano Darwin Blanch, por 6-1 e 6-0, na primeira ronda do Masters 1000 da capital espanhola.
Já nesse jogo, a receção no court Manolo Santana deixou claro que esta poderia ser a última vez que veríamos Rafa em Madrid. Contra Alex de Miñaur, o ambiente na Caja Mágica era o de um duelo da Taça Davis. Rafa respondeu com uma excelente exibição, na qual jogou o seu melhor ténis e venceu em grande (7-6 (6), 6-3) o número 11 do mundo.
Após o confronto com o australiano, saí das bancadas com a sensação de que Nadal quer devolver a prenda ao seu torneio mais especial. Isso também foi percebido pelo público nos últimos jogos da partida e redobrou o apoio para agradecer o esforço de um tenista que não precisa de provar mais nada e arrisca a sua integridade física para retribuir um pouco do carinho que recebeu ao longo das suas 20 participações no torneio.
E o presente para o jogador de Manacor é poder oferecer um bom nível no saibro da capital durante o maior número possível de jogos. Neste esforço para se dar a si próprio alguns jogos extra do desporto que mais ama, está a dar ao resto de nós um extra de prazer completamente inesperado do melhor atleta espanhol de todos os tempos.
Garantir o futuro
Ao mesmo tempo, e para fechar o círculo, está a preparar o caminho para Carlos Alcaraz, o seu sucessor lógico em termos de resultados. A comparação pode ser injusta para o espanhol, mas Rafa está a permitir-lhe ver que, com humildade, esforço e dedicação, o resto não importa.
Agora, ao ver o carinho com que Madrid trata o espanhol na sua última dança, Carlitos sabe o que deve fazer, para além de ganhar, para ser reconhecido pelos seus feitos quando chegar o fim da sua carreira. Por isso, a prenda que Nadal está a receber não é nem de perto nem de longe tão grande como a que nos deu a todos durante estes anos de sonho.