Marcus Urban, da Associação para a Diversidade no Desporto e na Sociedade, tinha anunciado a campanha para o dia 17 de maio, mas já tinha diminuído as expectativas numa entrevista à revista stern. O iniciador da campanha "Desporto Livre" admitiu que os futebolistas profissionais no ativo ainda se retraem.

Quando questionado sobre o assunto, Hitzlsperger explicou ao Tagesspiegel que não se pode excluir "que nada aconteça desta vez. Mas isso surpreender-me-ia muito". No entanto, também não está em contacto com os jogadores que não se revelaram. "Sou acessível, mas nunca ninguém me procurou", disse Hitzlsperger, que se assumiu em 2014 após a sua carreira ativa_ "Isso só mostra que as preocupações que eu tinha ainda existem - e que as pessoas afectadas só querem falar sobre elas com os mais próximos. A desconfiança continua a ser grande".

"As vozes estão a ficar mais altas"

Christian Rudolph, responsável pelo ponto de contacto para a diversidade sexual e de género na Federação Alemã de Futebol, também sublinhou na entrevista à SID: "É importante que continuemos a olhar para nós próprios. Todos nós que trabalhamos no desporto podemos contribuir para criar um clima positivo". Para ele, os clubes de futebol profissional, em particular, têm a responsabilidade de"apoiar financeiramente para que possamos implementar workshops, dar um melhor apoio nas áreas de desenvolvimento dos jovens e, acima de tudo, precisamos de formar melhor os responsáveis".

Relativamente à campanha da Urban, Rudolph "teria gostado que fossem incluídas iniciativas que já foram realizadas anteriormente". No entanto, a atenção dos media também está a ajudar"a garantir que a situação é compreendida". Espera "que as vozes de apoio se tornem mais altas. É isso que me tem faltado até agora, celebridades do desporto, de todas as áreas e que não estão na situação, a falar de forma positiva".